16 de maio de 2011

Einstein realiza as primeiras cirurgias oncológicas do tórax da América Latina com robô da Vinci

A robótica vem revolucionando a forma de se realizar cirurgias no mundo e o Einstein acaba de proporcionar mais um avanço nesta área. Recentemente foram realizadas no hospital, e pela primeira vez na América Latina, as primeiras cirurgias oncológicas do tórax com auxílio do robô da Vinci.

O planejamento deste procedimento contou com o intercâmbio de alguns dos principais centros de saúde americanos, onde a técnica já vinha sendo empregada, como as Universidades de Boston e Hackensack University, em New Jersey, cujo chefe da cirurgia torácica, Dr. Bernard Park, veio ao Brasil e acompanhou as quatro primeiras operações (pulmão e mediastino) realizadas no Einstein, nos dias 22 e 23 de novembro de 2010.

Após vários anos de experiência nos Estados Unidos, praticando técnicas minimamente invasivas e utilizando o robô, o cirurgião coordenador do Centro de Cirurgia Torácica Minimamente Invasiva do Einstein, Dr. Ricardo Santos, planejou detalhadamente a implementação da técnica na Instituição - que já contava com procedimentos deste tipo nas áreas de cardiologia, cabeça e pescoço, urologia, ginecologia e gastroenterologia. "O planejamento por quase um ano, com pleno apoio institucional e da equipe multiprofissional do Einstein, foi fundamental para o sucesso dessa fase inicial", reconhece o cirurgião.

"É uma revolução nas cirurgias torácicas, já que o corte no esterno (o osso do peito) e nas costelas, que pode chegar a 15 cm de comprimento, é substituído por três incisões de apenas 2 a 5 cm cada", explica o médico.

Para o médico, os benefícios maiores não são apenas para os pacientes, mas também para os cirurgiões, que realizam a operação de um console localizado a cerca de dois metros da mesa cirúrgica, com visão melhorada e maior riqueza de movimentos dos instrumentais.

"A visualização do da Vinci supera em muito à da cirurgia videoassistida convencional. Além de ser em alta definição, é em 3D, dando ao médico melhor noção espacial. Os instrumentos filtram qualquer tremor e colaboram para maior destreza durante o procedimento", afirma.

Benefícios

Dois a cinco dias de internação, diferente da cirurgia de tórax tradicional, que necessita de sete a dez dias.
Menor índice de transfusão sanguínea, em razão de menos sangramento provocado por menores incisões e manipulação interna.
Menor risco de infecção.
Recuperação mais rápida para as atividades habituais.
Redução da quantidade de analgésicos, principalmente nas primeiras três semanas após a cirurgia.

Indicações

Pacientes com câncer de pulmão em fase inicial.
Pacientes com miastenia gravis, doença neurológica que proporciona fraqueza generalizada e cujo tratamento pode envolver a retirada do timo, uma glândula localizada na região torácica.
Tumores de mediastino (parte central do tórax que fica na frente do coração).

"A cirurgia minimamente invasiva, do ponto de vista oncológico, é tão segura para as fases iniciais do câncer ou para a retirada de tumores benignos quanto a tradicional – que é mais indicada para as fases mais avançadas", afirma o cirurgião.

Depois do sucesso das primeiras cirurgias torácicas com auxílio do da Vinci, o procedimento já faz parte da rotina do Programa de Cirurgia do Einstein e está sendo adotado desde que necessário e sob indicação médica.

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